"Ás vezes é preciso passar por certas dificuldades para que possamos ir com mais afinco no que virá pela frente." (Bob Marley)

domingo, 25 de setembro de 2011

Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.
Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife.
No ano de 1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi, onde entra em contato com a alfabetização de adultos. Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro, onde apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo com suas ideias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e política.
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, seu método foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares. Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Quando mais jovem, queria porque queria cantar. Ele até participou de uma competição. Mal a música começou e o jovem já ouviu o frustrante som do gongo dos desafinados. Freire sonhava também em saber andar de bicicleta ou dirigir um carro.
 Ele só não imaginou que o sonho menos ambicioso que teve o transformaria no principal nome da Educação no Brasil. Quando os juízes da competição de cantores avaliaram que Freire cantava muito mal, ele virou o seu destino e o do país. Mesmo triste, determinou: ‘‘Não serei mais cantor, serei professor de sintaxe’’.
Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de ideias e métodos. A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.
Ele começou, assim, com simplicidade. Ensinava a função de cada palavrinha, por menor que fosse à oração. Depois, resolveu ensinar a ler e escrever. De uma maneira só dele. Ele escapava do tradicional ‘‘vovô viu a uva’’ e ensinava palavras que tinham tudo a ver com a realidade dos alunos.
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência, sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.
O educador procurou fazer uma síntese de algumas correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco.
 As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base. . Em 2 de maio de 1997, o inovador da Educação no Brasil morreu de infarto. Viveu muito e para muitos.

Referencias;
<www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/index.jsp -> acessado em 19 de março de 2011
<www.eumed.net › Revistas › CCCSS ->  acessado em 19 de março de 2011
<www.correioweb.com.br/.../noticias.php?id=563... -> acessado em 19 de março de 2011
<www.polis.org.br/utilitarios/editor2.0/.../paulofreire-081106.pdf ->  acessado em 19 de março de 2011
<pensador.uol.com.br/autor/Paulo_Freire/ -> acessado em 19 de março de 2011
<xa.yimg.com/kq/.../Como+trabalhar+com+o+povo+-+Paulo+Freire.pdf> acessado em 19 de março de 2011

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