Rousseau foi o mentor inicial da educação natural, cujas idéias foram depois reforçadas, melhor definidas e ampliadas por Kant. Estabeleciam um gradativo retorno à natureza, não de forma a transformar o homem em selvagem, mas pela naturalização comportamental e espontaneidade dos sentimentos, uma educação voltada para a felicidade individual. Rousseau disse que: "Toda a nossa sabedoria consiste em preconceitos servis; todos os nossos usos não são senão sujeição, embaraço e constrangimento. O homem civil nasce, vive e morre na escravidão; ao nascer, envolvem-no em um cueiro; ao morrer, envolvem-no em um caixão; enquanto conserva sua figura humana está acorrentado a nossas instituições". (Emílio, ou da Educação, Rousseau, São Paulo, Difel).
O grande valor do trabalho de Rousseau na pedagogia é o fato de dar ao ensino público uma conotação política e de valorização do homem em todos os níveis sociais, disposição exposta quando afirma que a educação pública deve passar necessariamente por formação cívica, de identidade do cidadão com o país. Afirmava não ser a educação pública idéia dele e quem tivesse interesse, que lesse 'A República', de Platão. O ensino público e gratuito foi o veículo mais importante do Iluminismo que preconizava pelo uso da razão no combate às superstições e obscurantismo religiosos.
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Kant, em sua obra, procura despir ao máximo a sua teoria moral de todo elemento político, parcial, histórico e de sociedades pré-constituídas. Ele pretende mostrar uma realidade em que os homens agem segundo, e somente segundo a sua razão, a partir do conceito do imperativo categórico. Como Rousseau, Kant parte da existência de uma consciência moral inata, mas não aceita dele a questão do “bom selvagem”, ou seja, a idéia de que originariamente o homem seria bom e justo e que depois, com o processo de formação da sociedade e das desigualdades ele tenha se corrompido Em seu Discurso sobre a desigualdade, Rousseau, explica o processo da desigualdade , que tem “constituído seu primeiro termo o estabelecimento da lei e o direito de propriedade; a instituição da magistratura, o segundo; sendo o terceiro e último a transformação do poder legítimo em poder arbitrário”.