"Ás vezes é preciso passar por certas dificuldades para que possamos ir com mais afinco no que virá pela frente." (Bob Marley)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Atividades Lúdicas em sala de aula.


Oficina de Matematica.
 A prática da educação veio, nos últimos tempos sofrendo uma série de transformações, decorrentes de uma nova maneira de compreender o aluno, os professores passavam a preocupar-se não apenas com o progresso intelectual do aluno, mas, também, com os demais aspectos do seu crescimento, o saber, o físico o emocional e o social.
 Escola que procura dar informações e ensinar técnicas de ler, escrever e fazer contas teve que ceder lugar àquela que visava promover o desenvolvimento integral dos seus alunos. Outro fator, que concorre para a adoção do jogo é o valor crescente atribuído á higiene mental, acompanhado da compreensão do quanto às atividades lúdicas podem oferecer. Considerada a alegria, a satisfação pessoal, as possibilidades ao desafogo e de alivio de tensões e o prazer da criança, que as atividades lúdicas costumam trazer aos que dela participam ativamente, tornou-se obvia a sua valia para a conservação do equilíbrio emocional e básica para saúde mental do educando.
 
O aluno aprende melhor jogando e todo e qualquer conteúdo pode ser ensinado através de jogos e brincadeiras, em atividades propriamente lúdicas. Todos os professores de línguas têm ou deveriam ter pleno conhecimento de que o domínio da gramática por si só não é suficiente para levar o aluno a comunicar-se no novo idioma. Para que se possa atingir a meta da comunicação é necessário que os alunos aprendam a usar as palavras e as estruturas para expressar idéias, anseios e desejos.
Os jogos são atividades comunicativas significativas adaptam o aluno a situações e realidades diferentes. A metodologia lúdica é fundamentada neste processo, pois leva os alunos a finalmente iniciar a travessia, passando de um estágio de mero domínio para outro mais dinâmico e comunicativo.
Desenvolver o lúdico nas salas de aulas é estruturar novos elementos que propiciam a educação criativa de todos, a fim de melhorar o nível de ensino profissional para que cada um enfrente o futuro com segurança colocando o aluno em situações de aprendizado espontâneo. O aluno se enriquece e aprende com mais facilidade quando, além das aulas formais de leitura e escrita, o professor apresentar o ensino em forma de jogos e brincadeiras utilizando-se de diferentes técnicas.
Todos os seres são receptivos ao que é novo e atraente razão da importância que se deve dar às atividades lúdicas, onde o adjetivo, o substantivo, o verbo e todo e qualquer expoente sócio funcional, e a cultura poderão figurar de forma espontânea e criativa.
Para Piaget o lúdico supõe uma ordenação da realidade podendo ser para jogos de imaginação ou regrados. As atividades lúdicas detêm a criança, jovem ou adulto, levando-lhes a uma prática de jogos regrados e compartidos, e com esta abordagem será possível desenvolver habilidades linguísticas vitais que possibilitará comunicar-se de maneira fluente e correta. (OLIVEIRA, 2006). Guy Jacquim reforça o comentário dizendo que “O jogo é para a criança a coisa mais importante da vida. O jogo é nas mãos do educador um excelente meio de formar a criança…”.
No contexto escola isto significa que os professores devem ser capazes de compreender onde entra a criança em sua aprendizagem e em seu desenvolvimento geral, tanto no campo afetivo como cognitivo. Vygotski (1988) já dizia que os jogos contribuem ao desenvolvimento da ação da decisão da interpretação e da socialização do aluno. Ao mesmo tempo em que se conhece a importância do jogo, foram poucos educadores no transcorrer da história da educação que buscaram fazer a ponte lúdica entre aprendizagem e prazer. Alguns refletiram sobre o valor progressista da alegria, sobre a necessidade de o educador descobrir-se como um ser amoroso e criativo.
O jogo é prazer, cria um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que transforma o lúdico em uma atividade motivacional, gerando uma atmosfera de entusiasmo, sendo assim portador de um interesse intrínseco. O professor deverá ter em mente que para que o jogo obtenha um resultado satisfatório, é preciso um embasamento teórico, ou seja, é necessário buscar em livros e outros materiais de apoio para dimensionar a valorização que as atividades lúdicas trazem para a aula, isto também será facilmente visto e comprovado com a participação posterior dos alunos, sua atitudes e em esquemas perceptíveis (visuais, auditivos) e operativos (memória, análise, síntese, causas, efeitos…) ajustados com estímulos psicomotores, que lhes levará ao domínio da leitura e escrita.
Donald Winnicott em seu livro Realidad y juego nos mostra que o jogo tem duas faces: a do passado e a do futuro, pois ele permite que o aluno resolva problemas do passado e preocupações presentes, tudo o que ficou sem solução, através do jogo haverá uma assimilação aclarada e elaborada dos exponentes gramaticais evitando problemas de aprendizado futuros. Até porque se sabe que a criança que não joga, ou brinca, apresenta um atraso intelectual, pois com o jogo se exercita todos os processos mentais e por tanto o jogo faz avançar no desenvolvimento de suas habilidades, notoriamente no campo de novos aprendizados.
Os professores são partes desta oficina de criatividade, como propulsores no processo de ensino e aprendizagem de um novo método, devem e podem despertar nos alunos, sejam elas crianças, jovens ou adultos, a alegria de aprender através de uma educação diferente com uma metodologia simples e pratica. Afinal, o adulto não deixa de ser criança, porque sempre está crescendo, sempre tem possibilidade de aprender, sempre descobre uma nova faceta das convivências sociais, está permanentemente jogando e descobrindo novos conteúdos e conhecimentos de forma fácil e divertida.
No jogo está o crescer e o ensaiar, o esquecer e o buscar, o entender e o sentir, o ser e o não ser o mesmo, o porquê do ser humano um eterno  homo-ludens.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Eunice de. Piaget, Vygotsky e Winnicott: relação com jogo infantil e sua aplicação na área da psicopedagogia. Disponível em: http://www.abpp.com.br/artigos/61.htm . Acesso em:20 de setembro de 2011.

VIGOTSKY, LÚRIA, LEOTIEV. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo. Ícone. 1988.

WINNICOTT, Donald. H. Realidad y Juego. Londres. Tavistock Publications.1971.
Imagens <http://emefvidanovapombal.blogspot.com/> Acesso em 11 de outubro de 2011

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